Beethoven - Moonlight Sonata

terça-feira, 29 de março de 2011

Escrever. Por quê?

   Certa vez ouvi dizer que os fatos ou coisas reais não acontecem de verdade, se você de alguma forma ou de outra, não os registra. Acredito que nesse caso, tanto valem as pinturas, as fotografias, os escritos, os rabiscos, e por que não apenas, uma lembrança de uma mente assustadoramente marcada e obcecada por algo que perplexa ou apaixonadamente vislumbrou?
  Desde que fui confrontado com tal pensamento, fiquei preso à essa idéia. Tudo na vida chega a ser realmente digno de nota? Pergunto-me. Às vezes me pego pensando se algo que só eu testemunhei, como por exemplo, a visita diária de um pequeno beija-flor azul na janela do quarto onde eu costumava ficar, quando criança, na casa de minha avó quando a visitava nas férias aconteceu realmente ou tudo não passou de impressão de um menininho sonhador em seus momentos de ingênuo folgar, como diria Casimiro de Abreu.
    Realmente é algo que incita a reflexão, e com isso corremos o risco de adentrar nos limites da Filosofia ou até mesmo da Religião - já que esta Instituição em particular se julga detentora dos direitos de orientar quaisquer ações humanas - cuja pretensão jamais tive.
   Pelo sim ou pelo não, mesmo embora seja um tanto quanto desleixado no que diz respeito aos aspectos pessoais, tentarei em intervalos, escrever ou melhor dizendo, relatar o que acontece no meu "mundo" real ou imaginário. Acredito que esta seja uma medida salutar para a atual situação de vida à qual estou submetido. Mas esta é uma outra história....

   Até breve,

   Etc. e Tal...
     







11 comentários:

  1. Não poderia ter iniciado de melhor forma, meu amor! Quanto a realidade de nossas próprias emoções, talvez sejam efetivamente reais apenas para nós mesmos, e a partir do momento que compartilhamos nossos mais íntimos sentimentos, de alguma forma trazemos para esse mundo particular muito daquilo que nos amedronta lá fora. Esteja disposto para ouvir e sentir! Um pouco da fortaleza protegida torna-se vulnerável e exposta. Admiro mais ainda sua coragem por conta disso! Boa sorte.

    Nephlin.

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  2. Muito obrigado, minha querida! Realmente é muito bom expor aquilo que nos aflige. Certamente, isso é o início de algo novo.

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  3. saudades d vc e dkl temps fou que passou..MDR..lol...Bom tb amo escrever o q sinto e o que acontece comigo..Pra mim é melhor q ir ao psicólogo..rssssss.. é por isso q eu ainda conservo meu diário da barbie rssssssss.. quelqu jour vou abandona-lo e criar um blog oci. Fico feliz pelo "Sombras e Saudades".. E o Etc. e Tal...adorei.. é a melhor forma d concluir um pensamento...;) bizzzz
    (PS/ eu naum vou m identificar mais vc já sabe q sou eu..rssssssss)

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  4. Saímos numa busca frenética e desesperada por explicações de nossa própria existência, perdidos na imensidão de nossos questionamentos tornamo-nos cegos, sôfregos por respostas que estão escancaradas à nossa frente! A dor não é tão penosa quanto parece.

    Boa noite!

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  5. "A dor é inevitável, o sofrimento é opcional". Cabe nós decidirmos se a temos como inimiga ou aliada.

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  6. bem vindo msm por um instante ao mundo (i)rreal Saulo... assim como os que fazem parte de um outro plano que aas vezes nos visitam assim fazes tu.. aproveita um pouquito deste teu preciso tempo, enquanto nao voltas e espia meu blog: limavalter.blogspot.com
    valeu mano...

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  7. Je n'aime pas les mots morbide et déprimat, commi la joie de la communion..mais je vous admire pour l'eloquence de votre écriture.
    Manquez quelque chose que je ne sais pas si elle a jamais été mienne.
    Ao revoir...

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  8. comme dirait un grand intellectuel du Brésil: "Un poète seulement est grand si soufrir", ma chèrie. Non qui je sois, bien au contraire!!!!! bizzz.

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  9. Primeiro: corre-se um grande risco mencionando Filosofia e Religião numa frase tão ambígua de um texto tão linguisticamente intrincado (entenda como elogio!) E você colocou a Filoofia como um conhecimento "regional", de segunda ordem, o que é uma questão puramente epistemológica e não de ponto de vista. Segundo: minha radical opinião diz que nem tudo na vida é digno de nota, visto que a complexidade da vida sobrepuja qualquer profundidade literária ou filosófica, algumas coisas são simplesmente inefáveis. Reitero, SIMPLESMENTE!
    Quanto ao conteúdo do blog, faz todo sentido diante das "vossas" relações efêmeras!

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  10. Caríssima, Maria Clara, agradeço profundamente ao comentário dado ao que foi por mim postado. No entanto, em primeiro lugar: não foi minha intenção sobrepor este ou aquele termo por quaisquer questões, sejam elas epistemológicas ou não, já que estas são uma espécie de junção entre crença (cabendo aí, leigamente falando, a religião) e a verdade (seja lá o que isso for). Em segundo lugar: o fato de vc acreditar realmente que há na vida coisas inenarráveis, não tira o mérito daqueles que por algum motivo tentam, mesmo que em vão, retratar tais coisas pelo modo como o qual às vêem. Afinal de contas, não é daí que nasce a Arte e o talento de pessoas de mentes brilhantes e sensíveis dispostas por amor, paixão e ódio a retratarem as formas reais e imaginárias das mais variadas maneiras idiossincráticas como as quais vêem a vida e eternizá-las? Não é o fato de tornar palpável o que se é "Abstrato", mas concretizar o que se é sentido. E isso, caríssima, nem a Filosofia, Ciência ou Religião é capaz de fazer.

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  11. Pessoal! Ao que foi comentado logo acima por mim, por favor, não pensem em momento algum que quis me comparar a algum artista, ou a alguma pessoa com talentos à arte. Anos-luz de distância disso, por favor!!!! Minha intenção foi realmente defender aqueles que de alguma forma tentam se expressar seja lá como for. Abç.

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